quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Agarrem-me se não eu corto
Ao contrário do que prometeu, o Governo só tem aumentado a receita, retomando a habitual trajectória de "perseguição fiscal". Mas, de cada vez que isto é dito, lá aparece alguma voz autorizada do Governo a acenar com cortes históricos já a seguir. Agora foi o primeiro-ministro, devolvido das férias que não ia fazer, a declarar que para o ano vêm "cortes históricos" ou, na nova fórmula, "os maiores de que há memória". Talvez não seja má ideia ter memória e recordar que o que nos foi dito é que os cortes seriam indolores, não implicariam mais sacrifícios, pois seriam nas gorduras do Estado. Face ao que temos de fazer, era evidente que se tratava de uma mentira descarada. Enquanto não chega o pedido de desculpas, são esses os cortes que continuo a aguardar.