Foi, de facto, muito importante termo-nos visto livres de José Sócrates. De repente, em lugar de gorduras do Estado e de moralismo masoquista, passámos a ter um debate normalizado no espaço público sobre a crise e a Europa. Com Sócrates, quem arriscasse afirmar duas ou três coisas simples e insofismáveis sobre o que se está a passar na Europa e em Portugal era tratado como um delinquente mental. Não por acaso, o espaço público estava inundado de mentes sofisticadas. As mesmas que entretanto ou deixaram de aparecer ou balbuciam um raciocínio errático e escassamente coerente.
(lembrei-me disto ao assistir ao expresso da meia-noite, um debate que suspeito era impensável há seis meses atrás)