"Não estamos perante mais uma crise cíclica, solucionável por um conjunto de ajustamentos tradicionais. Nem perante um incidente particular e irrepetível. Como recordava John Kay, esta crise foi provocada pelo ‘sub-prime' na mesma medida que a Primeira Guerra Mundial foi causada pelo assassinato de Francisco Fernando. A crise tem razões estruturais e revelou vários falhanços: da incapacidade dos mercados para se autocorrigirem (uma premissa em que assentava a sua eficiência), até ao carácter opaco, nuns casos, inexistente noutros, dos mecanismos de regulação do sistema financeiro, passando pela inexistência de uma entidade financeira com recursos suficientes para estabilizar os preços numa economia global bem mais aberta. Uma crise desta dimensão assenta num falhanço intelectual e requer novas ideias."
do meu artigo de hoje no Diário Económico, a propósito da Cimeira de Londres do G20.