terça-feira, 11 de maio de 2010
Fé e dogmas
Se me perguntarem a que é que eu pertenço, só há mesmo uma coisa que respondo sem hesitação. Se me perguntarem o que é que faz com que de facto me emocione para além do meu controlo, a resposta é a mesma. Eu fui e continuo a ser aquele miúdo que chorou quando o Benfica marcou contra o Liverpool este ano e mantenho uma memória fotográfica de muitas tardes passadas no velho estádio da Luz. Eu e mais centenas de milhares de outros portugueses - os portugueses que olham com desconfiança para a selecção e que preferem ver o David Luiz a titular do escrete ou o Di Maria a fazer o Maradona sorrir do que a ter de conviver com os nossos jogadores lado a lado com os dos rivais. Sou por isso um dos milhares de benfiquistas para quem este título valeu por muitos outros. Já vi muitas vezes o Benfica campeão, já vibrei com muitas vitórias históricas, mas, admito, é diferente vencer à Trappattoni e vencer jogando como jogámos esta época, naquele carrossel mágico de que tenho a certeza nunca mais me esquecerei. Quando precisar de me emocionar, sei sempre que posso recordar-me do que vi este ano e que, tenho fé, se repetirá para o ano e nos próximos.