"(...)o aspecto mais extraordinário desta proposta, apresentada antes do Verão e a tempo de eclodir em plena pré-campanha presidencial, são as oportunidades que Passos criou aos seus adversários políticos. Numa altura em que o Governo se encontrava em manifestas dificuldades, Sócrates passou a ter uma oportunidade para fazer uma afirmação ideológica com a qual nem o próprio sonhava; e quando Portas se encontrava encostado às cordas, por força do crescimento do PSD, pôde voltar a vestir o fato de homem de Estado e revelar razoabilidade. No fundo, a Sócrates e a Portas resta fazer o que Passos Coelho não conseguiu: seguir a velha máxima de Napoleão que aconselhava a nunca interromper um inimigo quando ele está a cometer um erro."
do meu artigo de hoje no Diário Económico.