segunda-feira, 6 de julho de 2009
O calendário
Com eleições separadas apenas por duas semanas, seria difícil de compreender que os partidos apresentassem o mesmo candidato a dois cargos. Se assim acontecesse, seria a própria possibilidade de vitória dos “candidatos-duplos” que estaria posta em causa. Mas esta decisão do PS é duplamente tardia: em primeiro lugar porque, efectivamente, muda as regras a meio do jogo (apesar de a nova regra fazer todo o sentido); depois porque revela, mais uma vez, que os partidos ou desconheciam os calendários eleitorais ou não são capazes de antecipar problemas. Este episódio das duplas candidaturas é apenas mais um, a somar por exemplo ao facto de se prepararem para apresentar os programas eleitorais no final de Julho (neste aspecto o caso do PSD é manifestamente mais gritante, pois nada se sabe quanto ao programa, o que não sucede no do PS – onde pelo menos desde o último congresso são conhecidas algumas prioridades programáticas).