"I hope the fences we mended
Fall down beneath their own weight"

John Darnielle

padaoesilva@gmail.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"I sit at my table and wage war on myself"

Os REM acabaram ontem. Uma notícia que chegou com uns dezasseis anos de atraso. Os REM acabaram para mim com o Monster, tendo o funeral decorrido num concerto para esquecer no Pavilhão Atlântico, não sei bem quando. Tudo o que ouvi deles nos últimos tempos foi penoso, o que é estranho. Tenho, na minha relação com eles, um conjunto de memórias afectivas que deviam ter feito com que os meus níveis de tolerância à banda fossem bem superiores. Lembro-me como se fosse hoje de um dia, algures em 1987/88, ter chegado a casa com os vinis todos dos REM, que me haviam emprestado, e ter durante uns quantos dias gravado tudo para K7 e, não menos importante, de ter feito uma compilação longa das melhores músicas. Quando o Green chegou, eu estava devidamente preparado. A capa do LP da Manuela Paraíso, com o Stipe, acabou por resistir algum tempo afixada nas paredes do meu quarto (não sei aliás se não foi um dos primeiros números do jornal). Durante uns tempos, o Green e depois o Out of Time foram a alternativa solar às músicas que então me dominavam. Tudo isto porque me lembrei que de todas as bandas que ouvi muito por essa altura, os REM são a única que nunca tenho vontade de voltar a ouvir. Hoje vou abrir uma excepção.





afinal, por exemplo estas duas músicas continuam a ser do caraças.

adenda: o Ricardo conhece alguém (além de mim) que escolheria a mesma música. No entanto, a versão que ele encontrou é bem melhor do que esta que está aqui. Pelo menos é mais próxima de como ela era quando primeiro a ouvi. Vale a pena ir vê-la.