o resto do meu artigo do Expresso de 16 de Fevereiro pode ser lido aqui.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
A desfazer-se no ar
"(...) Ainda
no Manifesto, Marx, a outro propósito, é verdade, chamava a atenção que “todas
as relações enferrujadas, com o seu cortejo de vetustas representações e
intuições, são dissolvidas”, para depois alertar que os homens serão “por fim
obrigados a encarar com olhos prosaicos a sua posição na vida, as suas ligações
recíprocas”. O alerta parece feito à medida dos partidos portugueses: ou encaram
de outra forma a sua posição ou correm o sério risco de se tornarem
irrelevantes, desfazendo-se no ar."
o resto do meu artigo do Expresso de 16 de Fevereiro pode ser lido aqui.
o resto do meu artigo do Expresso de 16 de Fevereiro pode ser lido aqui.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
A revolta dos paradas
"Esqueçam o que a ciência política tem
dito sobre declínio da participação política em Portugal. Ao contrário do que
se pensa, há por aí um vigor militante que opera subterraneamente. A crer no
jornal i, desde as últimas legislativas, os partidos não têm parado de
conquistar militantes. Todos viram aumentar o número de filiados, mas o que mais
impressiona são os valores para PSD e PS. Com a vitória de Passos Coelho, juntaram-se
ao PSD 9900 novos militantes, um valor que, ainda assim, compara mal com os
19552 que se filiaram no PS no último ano e meio.
o meu artigo do Expresso de 9 de Fevereiro pode ser lido aqui.
É interessante procurar saber o que
motivou estes milhares de portugueses, numa altura em que a imagem dos partidos
anda pelas ruas da amargura. Em todo o caso, esta pujança militante talvez
seja, no essencial, importante para revelar como se estrutura hoje o poder
partidário. (...)"
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Tenham medo, digo eu
o artigo de Ricardo Sá Fernandes ontem no Público é aparentemente sobre Carlos Cruz; na verdade, é sobre todos nós.
"(...) Tudo se resume, pois, às declarações incongruentes de alguns jovens que, alimentados por uma imprensa sedenta de escândalo, uma provedora deslumbrada e investigadores malévolos, inventaram uma história inverosímil, na qual três juízes descortinaram alguns segmentos daquilo a que chamaram "ressonância de veracidade" (sic).
Foi neste contexto que, durante o julgamento, se tornou decisivo confrontar essas alegadas vítimas, verdadeiros impostores, com o que haviam dito durante o inquérito, de forma a evidenciar a flagrante contradição das duas narrativas. Por exemplo, os locais dos abusos de Cruz - Av. Forças Armadas e Elvas - começaram por não existir aquando do início das denúncias, aparecendo mais tarde à medida da sincronização de versões antagónicas até à reconstituição de um quadro aparentemente credível.
Todavia, o elementaríssimo direito da defesa de confrontar os impostores com o percurso do seu discurso anterior ao julgamento esbarrou com a oposição deles próprios, assistentes no processo, porque a lei portuguesa o impede sem a sua autorização (!). Não se duvida que o acesso às declarações prestadas em inquérito deve ser excepcional e estar condicionado a "filtros" mais ou menos apertados. Mas é intolerável que não se consagre uma "válvula de escape" que, no limite, quando for crucial para os interesses em presença, assegure a supremacia do princípio da verdade material. Como se verifica em todo o mundo civilizado (da Espanha à Alemanha, da Itália aos EUA, etc., etc.).
Porém, em Portugal, o inacreditável ocorreu. Para o Tribunal Constitucional, nesta matéria, o princípio da imediação vale sempre mais - em qualquer situação, aconteça o que acontecer - do que o apuramento da verdade e o exercício da defesa, em benefício da qual nenhuma ponderação de interesses pode ser observada. (...)"
o resto, podem ler aqui (só para assinantes).
"(...) Tudo se resume, pois, às declarações incongruentes de alguns jovens que, alimentados por uma imprensa sedenta de escândalo, uma provedora deslumbrada e investigadores malévolos, inventaram uma história inverosímil, na qual três juízes descortinaram alguns segmentos daquilo a que chamaram "ressonância de veracidade" (sic).
Foi neste contexto que, durante o julgamento, se tornou decisivo confrontar essas alegadas vítimas, verdadeiros impostores, com o que haviam dito durante o inquérito, de forma a evidenciar a flagrante contradição das duas narrativas. Por exemplo, os locais dos abusos de Cruz - Av. Forças Armadas e Elvas - começaram por não existir aquando do início das denúncias, aparecendo mais tarde à medida da sincronização de versões antagónicas até à reconstituição de um quadro aparentemente credível.
Todavia, o elementaríssimo direito da defesa de confrontar os impostores com o percurso do seu discurso anterior ao julgamento esbarrou com a oposição deles próprios, assistentes no processo, porque a lei portuguesa o impede sem a sua autorização (!). Não se duvida que o acesso às declarações prestadas em inquérito deve ser excepcional e estar condicionado a "filtros" mais ou menos apertados. Mas é intolerável que não se consagre uma "válvula de escape" que, no limite, quando for crucial para os interesses em presença, assegure a supremacia do princípio da verdade material. Como se verifica em todo o mundo civilizado (da Espanha à Alemanha, da Itália aos EUA, etc., etc.).
Porém, em Portugal, o inacreditável ocorreu. Para o Tribunal Constitucional, nesta matéria, o princípio da imediação vale sempre mais - em qualquer situação, aconteça o que acontecer - do que o apuramento da verdade e o exercício da defesa, em benefício da qual nenhuma ponderação de interesses pode ser observada. (...)"
o resto, podem ler aqui (só para assinantes).
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Um navio magnífico
"(...) após uma comissão política absurda, várias vozes não hesitaram em afirmar que o PS tinha saído reforçado e que se tinha tratado de uma “reunião magnífica”, como se fosse possível esquecer o processo que tinha conduzido até ali e a persistência ensurdecedora dos problemas. De facto, com tanta “unidade” e força para “enfrentar desafios”, o PS faz lembrar o Titanic, um navio imparável e magnífico no momento em que soltou amarras. Sabemos bem para onde se dirigia."
o resto do meu artigo do Expresso da semana passada está aqui.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Levantar o pé do chão
depois de uma mão-cheia de discos em registo alt-country delicodoce (quem não se emocionou com o Bermuda Highway?) com os My Morning Jacket, o Jim James resolveu dar uma volta a solo por caminhos mais soul e ondulantes. Há um par de dias, passou pelo Fallon e com os Roots pôs-nos a todos a levantar o pé do chão e a clamar por mais.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Estro in Watts
A zona de conforto de hoje terá como convidado João Menezes Ferreira,
que foi autor do mítico programa de rádio do final da década de 70, "a
idade do rock" (emitido na RDP). Pretexto para uma conversa em torno da
poesia da idade do rock, a propósito do lançamento da antologia com 563 poemas
traduzidos para português, "Estro in Watts". Para ouvir, canções da
época, entre elas este Golden Hours, de Brian Eno. A canção que todas as
semanas servia de genérico ao programa.
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