A sorte é
um fator claramente sobrevalorizado no caminho para o sucesso e, contas feitas, no fim, nem
sequer protege os audazes. O Benfica, ontem, teve uma vitória sofrida
frente ao Vitória e, se pensarmos na defesa final de Ederson, podemos
mesmo dizer que foi bafejado pela sorte. Mas a verdade é que a sorte
procura-se e, esta temporada, o Benfica não tem feito outra coisa.
É mais um daqueles casos em que os números não enganam e um bom indicador para avaliar o papel da sorte no futebol são os jogos que são decididos pela margem mínima. Nestes casos, sim, uma bola da equipa adversária que não entrou mas poderia ter entrado é capaz de ter feito a diferença.
Em trinta jornadas, o Benfica venceu sete jogos pela margem mínima; já o Sporting – o clube que, de acordo com Jorge Jesus, "tem ganho de forma convincente, enquanto os adversários têm ganho com sorte" – leva onze vitórias por um golo de diferença. Se acrescentarmos que muitos destes resultados foram alcançados no último minuto ou já nos descontos, estamos falados quanto a sorte.
Da mesma forma que é justo reconhecer que, aquando do início da temporada, o Benfica perdeu vários jogos e não foi por azar, também se deve reconhecer que a notável recuperação iniciada com a vitória fora em Braga (lá está, por 2-0) é fruto do trabalho que permitiu formar uma equipa coesa e com sentido coletivo. E, já agora, uma equipa que é espelho de um treinador que demonstra elevação e respeito pelo trabalho dos adversários.
publicado no Record na terça-feira
É mais um daqueles casos em que os números não enganam e um bom indicador para avaliar o papel da sorte no futebol são os jogos que são decididos pela margem mínima. Nestes casos, sim, uma bola da equipa adversária que não entrou mas poderia ter entrado é capaz de ter feito a diferença.
Em trinta jornadas, o Benfica venceu sete jogos pela margem mínima; já o Sporting – o clube que, de acordo com Jorge Jesus, "tem ganho de forma convincente, enquanto os adversários têm ganho com sorte" – leva onze vitórias por um golo de diferença. Se acrescentarmos que muitos destes resultados foram alcançados no último minuto ou já nos descontos, estamos falados quanto a sorte.
Da mesma forma que é justo reconhecer que, aquando do início da temporada, o Benfica perdeu vários jogos e não foi por azar, também se deve reconhecer que a notável recuperação iniciada com a vitória fora em Braga (lá está, por 2-0) é fruto do trabalho que permitiu formar uma equipa coesa e com sentido coletivo. E, já agora, uma equipa que é espelho de um treinador que demonstra elevação e respeito pelo trabalho dos adversários.
publicado no Record na terça-feira