skip to main |
skip to sidebar
"I hope the fences we mended
Fall down beneath their own weight"
John Darnielle
padaoesilva@gmail.com
Os números não revelam tudo, mas tendem a ser uma aproximação à
realidade. Note-se nos de Rui Vitória ao comando do Benfica. Cumpridos
70 jogos na "cadeira de sonho", Vitória tem 77% de vitórias. Só é
ultrapassado pelos registos, já distantes, de Béla Guttmann e Fernando
Riera e está empatado com o mítico Cosme Damião, Artur Jorge no Porto e
Szabo no Sporting. Neste século, só Mourinho é que se aproxima com 51
vitórias nos primeiros 70 jogos pelo Porto, que comparam com as 54 do
atual técnico do Benfica. Se a comparação nacional impressiona, que
dizer da europeia? Em 2016, Rui Vitória é o segundo técnico com melhor
registo de vitórias, só ultrapassado por Luís Enrique no Barcelona.
Claro está que o treinador não é o único e, eventualmente, nem sequer
o principal responsável pelos sucessos do Benfica dos últimos tempos.
Estabilidade nas opções estratégicas do clube, uma política de
contratações com sentido e – fundamental – com um horizonte de médio
prazo, facilitam a vida a qualquer treinador. Parafraseando a máxima do
saudoso "velho capitão", no Benfica de hoje, qualquer treinador se
arrisca a ser campeão. Mas ajuda – e muito – ter um técnico que não se
coloca acima da estratégia do clube, que não descarta responsabilidades
quando a equipa falha e que gere com bom senso os sempre difíceis
equilíbrios do balneário.
Talvez tudo isto ajude a explicar outros números que impressionam no
Benfica de 2016/17. Com cinco partidas disputadas – e ainda sem
clássicos –, a Luz tem uma média de assistências acima dos 55 mil
espetadores, consolidando a tendência de crescimento das temporadas
anteriores.
publicado no Record de 29 de novembro