Chegados
a este ponto, quando a situação económica se deteriora e o Governo está preso
nas armadilhas que colocou a si mesmo (à cabeça, a ideia peregrina de “ir além
da Troika”), todos os cenários apontam para o fim político da coligação
Passos/Portas: se o Governo inverter a trajetória, empurrado pela pressão da
rua, são dados incentivos objectivos para que a contestação social cresça; se
tudo continuar na mesma, o descontentamento continuará a crescer.
É-nos
dito, com razão, que a democracia radica numa legitimidade formal e não pode
cair na rua. O drama é precisamente esse: o primeiro-ministro foi à procura da
rua e, no Sábado passado, esta regressou a galope. Agora, já nada há a fazer. É
apenas uma questão de tempo. No fundo, “a rua” sabe que este governo acabou, só
não sabe quando é que vai ser removido."
o resto do meu artigo do Expresso de 22 de Setembro pode ser lido aqui.