"(...) Um
titular do cargo de ministro da Justiça zela pela garantia de coisas
elementares num Estado de direito, à cabeça de todas, a presunção de inocência,
e não pode nunca pactuar com condenações baseadas em percepções públicas sobre
corrupção, alimentadas por uma comunicação social que cavalga a insatisfação
social. Quando tudo parece ruir, a última coisa de que precisávamos era de
políticos que buscam a sua salvação pessoal na exploração dos sentimentos mais
negativos sobre a classe a que pertencem, ultrapassando levianamente a
fronteira que separa a barbárie da civilização e do Estado de direito. Até
prova em contrário, os políticos são todos corruptos, é-nos sugerido
diariamente; no fundo, Paula Teixeira da Cruz, ao afirmar que acabou o tempo da
impunidade (para bom entendedor, o tempo em que a corrupção não era punida),
vem confirmá-lo."
o resto do meu artigo do Expresso de 29 de Setembro pode ser lido aqui.