Ninguém
no seu perfeito juízo pode acreditar que uma austeridade sem paralelo provocará
uma recessão de 1% do PIB e trará apenas mais 80 mil desempregados. Aliás,
basta utilizar a nova versão dos multiplicadores orçamentais do FMI para se
perceber que o impacto negativo na economia variará entre os 3 e os 5%,
produzindo um efeito devastador no mercado de trabalho.
O
Ministro Vítor Gaspar falou esta semana num “conjunto de incertezas” que ameaça
a execução orçamental. Infelizmente estamos perante um conjunto de certezas: o
orçamento não tem credibilidade, tem uma componente de alucinação, é
incumprível e empurrará o país para uma espiral recessiva.
Se é assim, e a menos que a insanidade tenha tomado conta do Conselho de Ministros (hipótese que não deve ser descartada à partida), esta “estratégia” serve exatamente para quê? Para ganhar tempo? Talvez não fosse despiciendo que alguém no Governo ensaiasse uma resposta à questão. Se tal não for feito, o Governo, que agora se encontra moribundo, cairá às mãos do boletim de execução orçamental do 1º trimestre.
Se é assim, e a menos que a insanidade tenha tomado conta do Conselho de Ministros (hipótese que não deve ser descartada à partida), esta “estratégia” serve exatamente para quê? Para ganhar tempo? Talvez não fosse despiciendo que alguém no Governo ensaiasse uma resposta à questão. Se tal não for feito, o Governo, que agora se encontra moribundo, cairá às mãos do boletim de execução orçamental do 1º trimestre.
o resto do meu artigo do Expresso de 20 de Outubro está aqui.