A semana passada, quando confrontado com a existência de tal informação, quer no Record, onde escrevo vai para quatro anos, quer na Sport TV+, onde comento desde o início do canal, fui claro na resposta, que recupero: "Cartilha só conheço a Maternal do João de Deus e o facto de um clube enviar informação sistemática é sinal de organização e de profissionalismo". Acrescentei que escrevo aquilo que penso e digo o que me apetece e que, para mim, é muito mais importante para formar a minha opinião as conversas quotidianas que tenho com outros grandes benfiquistas, os meus amigos Bernardo Azevedo, João Tomaz e Manuel Castro.
Quem quiser fazer o exercício, que julgo penoso, de recuperar todos os meus textos no Record, concluirá que está perante um olhar não isento sobre o futebol e o Benfica em especial (afinal sou o sócio 8001 do Glorioso), mas também perante uma visão livre. Bem sei que para o lúmpen que pulula em redor do mundo do futebol seja difícil perceber que é possível ter uma filiação clubística inegociável, vibrar com as vitórias da nossa equipa, mas manter espírito crítico sobre a forma como a equipa joga ou até sobre as opções estratégicas que o clube toma. Não há opinião neutra e muito menos comentário higienizado. Os que me leem e ouvem sabem que sou – e, posso garantir, serei sempre –, com orgulho desmedido, benfiquista.
publicado no Record de 12 de Abril